O termo “flare fechado” pode parecer desconhecido para muitos, mas ele tem um impacto positivo na redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) nas operações de produção de petróleo. O Sistema de Recuperação de Gás de Flare, ou, do inglês, flare gas recovery unit (FGRU), é uma tecnologia que permite recuperar parte do gás que seria queimado, fazendo-o retornar ao processo de produção. Isso permite que determinada unidade possa operar sem queima de rotina.

Flare é um equipamento de segurança da plataforma, usado para queimar o gás não utilizado no processo. Ao fechá-lo, os operadores podem reduzir ou interromper completamente a queima de gases, o que minimiza o desperdício de recursos e reduz as emissões de poluentes para a atmosfera.

No Espírito Santo, a P-58, plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês do termo unidade flutuante de armazenamento e transferência), opera com Sistema de Recuperação de Gás de Flare. O objetivo da iniciativa é reduzir as emissões de GEE proveniente do gás queimado do flare. A meta da Petrobras é atingir a queima zero de rotina até 2030, e a utilização da FGRU é fundamental para isso.

O sistema na P-58 foi um piloto na empresa e representa, além da redução de emissões, o incremento de receita, uma vez que o gás recuperado pode ser exportado e comercializado.

Os resultados foram alcançados com base em um esforço da empresa aprimorar a disponibilidade dos equipamentos do sistema responsável pela recuperação dos gases, em um trabalho de reengenharia que tem objetivo tornar a operação cada vez mais eficiente.

A mesma iniciativa também foi implementada na plataforma P-62, no campo de Roncador, na Bacia de Campos, e juntas, têm potencial de abatimento de até 16 mil toneladas de CO2 equivalente por ano em cada unidade.