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MULHERES PESCADORAS DESTACAM IMPORTÂNCIA DE UNIÃO

Atualizado em 18/12/2023

Postado em 18/12/2023

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O Projeto de Educação Ambiental Redes de Cidadania – Fase 2 realizou nesta terça-feira (12) uma live no live no Youtube sobre Percepção das Lideranças Femininas Sobre Direitos e Deveres da Cadeia Produtiva da Pesca. A conversa contou com a participação de Luzineide Pinto, conhecida como Zena, liderança da Pastoral dos Pescadores; e Rosa Maria Nascimento Miranda, a Dona Rosa, também liderança de destaque nos movimentos sociais e de pescadores da Serra. A live foi mediada por Rogéria Ramos.

Durante a live, as entrevistadas pontuaram que a militância em favor da defesa de direitos humanos de ambas vem de décadas. Dona Rosa iniciou ainda durante o período da Ditadura Militar, nos anos 1970, por meio das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e Zena tem mais de 30 anos de militância.

Elas reforçaram que a atuação feminina é de extrema importância na cadeia da pesca, visto que o pescador está, atualmente, reconhecendo seus direitos e as mulheres sempre estiveram presentes nesta atividade, mas nunca foram escutadas. “Antigamente, tinha um grupo de mulheres conhecidas como salgadeiras, que salvavam toda a pesca, limpando e salgando os peixes, porque não havia geladeira, e elas não eram reconhecidas. Direitos, elas não tinham, apenas trabalhavam. Atualmente vejo que existe um movimento de mulheres que busca direitos e elas têm a força, mas mesmo diante desta força, os direitos delas não são reconhecidos”, contou Dona Rosa, acrescentando que a partir da organização houve mais participação. “A busca por esses direitos é um trabalho contínuo”, pontuou.

Zena lembrou que os pescadores artesanais foram os primeiros a desenvolverem um ofício e que pescam pela família e zelam pelo meio ambiente. Ela destacou que a pescadora tem papel muito importante. Além catar o marisco, faz a limpeza e a venda, mas em um papel subalternizado, que quase não se vê.

A realidade vem mudando com a organização e engajamento das mulheres na luta pela garantia de direitos dos pescadores artesanais. Nacionalmente, as mulheres são 49% dos pescadores no País. “Elas buscam força através seu alimento e sustento para a família. A mulher pescadora tem uma força muito grande”, ressaltou.

Atualmente, as mulheres estão presentes nas associações de pescadores artesanais, quando não na presidência, na gestão das entidades, o que é visto como um avanço. Mulheres pescadoras também estão buscando inserção no meio político, se candidatando a cargos eletivos, o que também é visto como avanço na luta por direitos. O Espírito Santo, inclusive, tem uma representante na Associação Nacional das Pescadoras.

Dona Rosa destacou que a presença das mulheres pescadoras nas discussões é importante para falarem de suas vivências e suas necessidades. “As mulheres pescadoras têm entendido que passou o tempo de ficarem caladas. ​​​​Quando a gente se une, fica mais forte. Então precisamos avançar mais na união”.​​​




​​​​​​​O projeto é executado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), por meio de um convênio com a Petrobras, sendo uma medida de mitigação exigida no processo de licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) das atividades offshore de produção de petróleo e gás natural na costa do Espírito Santo.

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