Novembro marca o Mês da Consciência Negra, cujo dia é celebrado nesta segunda-feira (20) e a Petrobras desenvolveu uma série de ações trazendo pautas étnicos raciais para discutir com a força do trabalho e envolvendo comunidades do entorno de empreendimentos em que está instalada. Em 8 e 10 de novembro, na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, foram realizadas rodas de conversa e atividades culturais e, em 13 de novembro, no Edivit, aconteceu o evento “Eu sou porque nós somos: novembro consciente”.
A programação em Linhares teve roda de conversa conduzida pela psicóloga Nayara Oliveira, mestra em saúde pública e racismo institucional, que abordou o tema “Como ser antirracista na prática”. Já em 10 de novembro, o grupo do Jongo de Degredo se apresentou na unidade.
Jongo é uma representação cantada da luta da população negra daquela região e representa, atualmente, a resistência da cultura quilombola local. Diversos trabalhadores se sentiram representados pela apresentação, visto que são moradores da região e têm, inclusive, familiares dentre os componentes do grupo.
No Edivit, o evento teve como palestrantes Barbara Carine, que abordou a temática “Descolonizando o conhecimento: Papel da Mulher Negra na Ciência”, que é também título do seu livro, além da própria Nayara Oliveira, que falou sobre “Racismo Institucional”.
Na atividade, também houve espaço para que as empregadas da própria Petrobras, Ivana Xavier e Márcia Simões, falassem das trajetórias delas na companhia, enquanto mulheres negras em uma sociedade que ainda reproduz o racismo. Elas apontaram a importância da educação como a arma mais importante de luta contra o racismo e de acesso a espaços privilegiados.
Para o evento do Edivit foram convidadas as artesãs de Mãe-Bá, em Anchieta – comunidade vizinha da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTGSUL) – que expuseram as peças de artesanato feitas de taboa, que movimenta a economia da região.